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"Dia que vai marcar a diferença": venezuelanos começam a votar para as presidenciais

No Consulado de Lisboa votam apenas 530 eleitores dos mais de 1.600 que exercem o seu direito de voto em Portugal. Os restantes votam no Funchal, na ilha da Madeira.

Venezuelanos votam no Consulado de Lisboa.
Venezuelanos votam no Consulado de Lisboa.
Horacio Villalobos

Os centros de votação na Venezuela começaram a abrir as suas portas, este domingo, a partir das 06:00 locais (11:00 em Lisboa), para as eleições presidenciais, dia em que mais de 21 milhões de venezuelanos são convocadas às urnas.

De acordo com o estabelecido pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), vários dos 15.767 centros habilitados para esse processo abriram no horário previsto, enquanto se aguarda o primeiro relatório das autoridades eleitorais para saber a percentagem de abertura alcançada, bem como os primeiros incidentes.

530 pessoas votam em Lisboa

Já no Consulado de Lisboa votam apenas 530 eleitores dos mais de 1.600 que exercem o seu direito de voto em Portugal. Os restantes votam no Funchal, na ilha da Madeira.

Um dos eleitores diz à SIC que este domingo é "um dia que vai marcar a diferença" para a Venezuela:

"[Nós venezuelanos] Temos o poder de mostrar a vontade que temos de mudar o nosso país".
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Os venezuelanos escolhem entre reeleger o Presidente, Nicolás Maduro, ou votar contra o herdeiro do chavismo, que nas sondagens tem estado atrás da oposição, encabeçada pelo diplomata Edmundo Gonzalez Urrutia, da Mesa Unitária Democrática.

Em ambiente de crise económica e social, a campanha eleitoral decorreu em clima de "tudo ou nada", com Maduro a ameaçar um "banho de sangue" e uma guerra civil caso não consiga um terceiro mandato de seis anos e a oposição a prometer lutar "até ao fim".

A escolha de cerca de 21 dos 30 milhões de venezuelanos será repartida por 10 candidatos, mas o resultado deverá decidir-se entre Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, que sucedeu no poder ao antigo líder Hugo Chavez, e o diplomata reformado Urrutia, que substituiu a candidata María Corina Machado, que o regime impediu de se candidatar.

Num país com uma comunidade de portugueses e lusodescendentes significativa, a população vive com baixos rendimentos, carestia e insuficiência de serviços básicos, com sistemas de saúde e educação degradados.