Paulo Rangel discorda da meta estabelecida pelos EUA com gastos em Defesa para os aliados da NATO. O ministro português dos Negócios Estrangeiros considera que o valor de 5% do PIB é demasiado ambicioso.
O secretário de Estado norte-americano estreou-se em reuniões da NATO. Marco Rubio foi a Bruxelas garantir que os EUA não vão sair da Aliança, mas insistindo na ideia de que os aliados têm de gastar 5% do PIB em Defesa.
É essa a exigência de Trump. Mas há países, como Portugal e Espanha, que ainda nem sequer chegaram aos 2%.
Expectativa é na casa dos "3%"
"Acho que a meta dos 5% é demasiado ambiciosa, exigente”, afirmou Paulo Rangel, em declarações aos jornalistas. O ministro dos Negócios Estrangeiros espera que o número que saia da cimeira de Haia seja algo entre “3 e 3,5%”.
Antes, Portugal terá de chegar aos 2% do PIB - e o Governo até já admitiu antecipar a metaprevista para 2029.
"Já era uma antecipação do prazo do governo Costa, que, nestas matérias, fez muito pouco, ao longo de oito anos", atirou Rangel.
Em vésperas de eleições, Rangel culpa o anterior Governo. Mas não é o único a olhar para o passado. Também osecretário-geral da NATO fez mea culpapelo que não gastou em defesa, nos 14 anos em que foi primeiro-ministrodos Países Baixos.
“Há muitos anos que dizem aos europeus que têm de gastar mais, e isto começou realmente a acontecer depois da entrada em funções de Trump, em 2016 e 2017”, afirmou Mark Rutte.
Trump soma críticas aos aliados e até já ameaçou não defendê-los, mas Marco Rubio garante que está tudo bem.
“Vamos continuar a fazer parte da NATO”, assegurou.
Já sobre a Ucrânia, Rubio nada disse à entrada para o encontro de dois dias em que o apoio a Kiev também está na agenda. Esta sexta-feira, terá nova oportunidade.