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Número de migrantes na fronteira dos EUA com o México diminui: é o resultado do reforço de militares e das deportações

Desde que Donald Trump foi eleito, o número de migrantes a tentar cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos tem vindo a diminuir. A redução é atribuída ao reforço de militares na região, ao aumento das detenções e às deportações de imigrantes ilegais.

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Visto de cima, o cenário na fronteira sul transmite uma imagem de aparente calma. Mas desde janeiro, altura em que foi declarada emergência nacional nesta zona, a administração norte-americana intensificou o controlo. Trump prometeu uma política de tolerância zero contra a imigração ilegal.

Zonas inteiras foram militarizadas, com o número de militares destacados a triplicar. Atualmente, cerca de 7.600 elementos das forças armadas dos Estados Unidos estão destacados na fronteira. Paralelamente, foi também reforçado o efetivo policial: o governo disponibilizou orçamento para contratar e formar mais três mil guardas de fronteira.

Este esforço militar é acompanhado por um reforço de equipamento, parte do qual foi mostrado à comunicação social em ações que muitos classificam como propaganda.

Segundo dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, houve uma redução acentuada do número de migrantes detetados a tentar entrar em território norte-americano. Só na fronteira com o México, em junho, foram registadas 9.306 entradas, uma descida de 25% face a maio e de quase 93% em relação a junho do ano passado. Dessas, 6.072 pessoas foram detidas.

Ainda assim, a travessia continua a ser arriscada. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, pelo menos 41 pessoas morreram entre janeiro e abril deste ano quando tentavam cruzar esta fronteira.

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