Os criminosos vão ter a vida mais dificultada com os avanços da ciência forense. Um novo material fluorescente promete revelar até as impressões digitais mais antigas e invisíveis a olho nu.
Um nanomaterial fluorescente inovador, capaz de revelar impressões digitais invisíveis – até em casos arquivados há anos – está a ser testado no Reino Unido.
Investigadores da Universidade de Leicester descobriram que ao usar nanopartículas em vez dos pós tradicionais é possível captar mais detalhes e necessitar de menos resíduos da impressão digital para que as partículas se agarrem. Isto significa que a identidade do autor da impressão pode ser revelada mesmo depois de muito tempo.
“O que esperamos é conseguir revelar impressões digitais que os pós atuais simplesmente não conseguem,” diz Nick Ross, estudante de doutoramento em Química, que está a comparar o desempenho deste novo material em várias superfícies.
Este material inovador, chamado MCM-41@Ch@DnsGly, é composto por nanopartículas de sílica, um corante fluorescente e quitosano – que pode ser extraído de cascas de camarão, caranguejo ou lagosta.
O projeto resulta de uma colaboração entre a Universidade Federal de Alagoas e a Polícia Federal no Brasil, Diamond Light Source do Reino Unido, e a Escola de Química da Universidade de Leicester.
Uma nova luz fluorescente sobre provas cruciais que estavam invisíveis.