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UGT defende que luta pelo diálogo tem mais sucesso do que na rua

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva,  defendeu hoje que a posição de diálogo que tem assumido é mais bem-sucedida  do que a luta na rua, numa alusão às manifestações como a promovida pela  CGTP hoje, em Lisboa. 

(Lusa/ Arquivo)
LUSA/ ARQUIVO

Carlos Silva ressalvou, em Bragança, à margem do Congresso Distrital  da UGT, que não discorda destas manifestações, porém frisou que a central  sindical que dirige "sempre fez da negociação, do diálogo social e da concertação  uma forma de estar e de lutar". 

A GGTP promoveu hoje uma manifestação, em Lisboa, a pedir a demissão  do Governo e anunciou novo protesto para 10 de julho, que a UGT entende  como "uma forma de estar livre que a outra central (sindical) tem". 

O secretário-geral da UGT demarcou-se, no entanto destes protestos,  argumentando que "a luta não é só na rua, a luta também se faz nas empresas,  também se faz nos governos, também se faz no diálogo". 

"É isso que a UGT faz: privilegiar a negociação sem por em causa naturalmente  aquilo que as outras organizações fazem e que, portanto, está dentro do  seu âmbito de competências", acrescentou. 

Carlos Silva insistiu que a forma que a UGT tem "promovido para resolver  o problema das pessoas tem mais sucesso e tem-se provado" e apontou "a dinamização  da negociação coletiva, o desbloqueamento das portarias de extensão e o  diálogo com o Governo, com os restantes parceiros sociais e com os vários  partidos com assento na Assembleia da República". 

"Ou estamos sentados à mesa a dialogar ou estamos na rua a agitar",  enfatizou. 

O líder da UGT ressalvou que a central sindical nunca prescindirá quando  for necessário de "muscular um pouco" as suas formas de luta" e lembrou  que já aconteceu uma greve geral no ano passado, mas indicou que "neste  momento essa matéria não está em cima da mesa". 

 "Os portugueses são um povo sereno, que compreende as situações sabem  que no dia em que nós estamos com o foguetório à porta de uma empresa a  chamar nomes a quem quer que seja, ou ao Governo ou ao patrão, e depois,  no dia seguinte, queremos bater à porta e vamos pedir batatinhas, já sabem  qual é a resposta e, portanto nós preferimos naturalmente a negociação",  concluiu. 

Lusa