País

Professores mantêm luta contra o Governo

Os professores hoje reunidos em Encontro Nacional  decidiram manter a luta contra o atual Governo e por uma política "que defenda  a escola pública" e rejeitaram a municipalização da educação. 

A prova - de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos - começa às 10:30,  mas a Federação Nacional de Professores marcou reuniões para de manhã em escolas, para impedir a realização  do exame
[[António Cotrim]]

Numa moção aprovada hoje no encontro, os docentes mantêm a exigência  da demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas para uma alternativa  que "respeite e valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente os  profissionais docentes". 

No documento, comprometem-se ainda em reforçar a ação em defesa dos  estatutos das carreiras docentes e pela "manutenção das atuais estruturas  de carreira e correspondentes grelhas salariais". 

"Recusar qualquer transferência de novas responsabilidades para o poder  local, através do designado processo de municipalização da educação, sem  que seja precedida de um debate público com todos os parceiros educativos",  foi outra das medidas aprovadas. 

Os professores recusam ainda, "inequivocamente, qualquer tipo de transferência  de responsabilidades a nível da gestão do pessoal docente para as autarquias".

Apoiar todas as lutas das populações contra o encerramento das suas  escolas, apelar à luta contra a precariedade, o desemprego e a instabilidade  profissional e lutar contra qualquer nova prova de avaliação "destinada  a humilhar e degradar a imagem social dos professores", foram outras medidas  aprovadas no encontro. 

Os docentes admitem ainda convocar uma nova greve à vigilância dessa  prova, caso ela se realize. 

No Encontro Nacional foi ainda decidido rejeitar uma eventual extinção  das grelhas salariais e a criação de uma tabela remuneratória única e exigir  a não aplicação da mobilidade especial aos professores. 

Os professores pedem também uma "fiscalização rigorosa" da situação  nos colégios privados, locais onde consideram que os docentes "veem desrespeitados,  de forma continuada, direitos que constam do seu contrato coletivo de trabalho".

Sob o lema "O Direito a Ser Professor", o Encontro Nacional foi organizado  pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof).  

Lusa