No seu primeiro discurso numa sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa começou por "saudar os capitães de Abril" - representados nesta cerimónia pela Associação 25 de Abril, depois de quatro anos de ausência em protesto contra as políticas do anterior executivo PSD/CDS-PP.
O chefe de Estado defendeu que "saudar os capitães de Abril é dever de todos os que, em Portugal, se louvam da democracia que o seu gesto patriótico permitiu instaurar", antes de "saudar o povo, que assumiu esse testemunho e o converteu em fundamento do Estado social de direito".
Depois, fez um balanço do período que se seguiu à Revolução dos Cravos, em que falou dos avanços e conquistas, mas também da pobreza e de outros problemas que permanecem e "legitimam queixas e frustrações em muitos portuguesas e portugueses e, em particular, nos mais jovens".
"Como aqueles - do Conselho Nacional de Juventude -, que ontem [domingo] me deram, simbolicamente, este cravo para que, hoje, ao evocar os 42 anos do 25 de Abril, não me esquecesse do muito que está por fazer", acrescentou, erguendo por momentos esse cravo.
Lusa