O juiz Carlos Alexandre validou esta segunda-feira a suspensão de funções de António Mexia, presidente da EDP, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis. Ambos vão ter de pagar uma caução de 1 milhão de euros.
Mexia e Manso Neto estão proibidos de entrar na EDP e não podem estabelecer contacto entre si.
José Gomes Ferreira não ficou surpreendido com a decisão do Ministério Público, mas sim com "o tempo que demorou a iniciar a investigação".
" Trata-se de uma situação em que a justiça está finalmente a funcionar".
Na opinião de José Gomes Ferreira, "aquilo que foi detatado foi a ponta do iceberg".
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O inquérito do Ministério Público investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), tendo António Mexia e João Manso Neto sido constituídos arguidos em junho de 2017 por suspeitas de corrupção ativa e participação económica em negócio.
Ao arguido João Conceição, o Ministério Público imputa-lhe dois crimes de corrupção passiva para ato ilícito.
O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).