O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta quarta-feira que uma eventual reestruturação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deve ser feita "com ponderação" e não para "encobrir" a morte de um cidadão ucraniano.
À saída de uma audiência com o Presidente da República sobre o estado de emergência, Rio escusou-se a dizer se o ministro da Administração Interna tem ou não condições para continuar no cargo, mas deixou críticas a Eduardo Cabrita.
"É inegável na sociedade portuguesa que não geriu bem, que gerou uma grande confusão, que andou ao retardador. Quanto ao mais, se tem ou não condições, é uma decisão da estrita responsabilidade do primeiro-ministro", afirmou, escusando-se também a dizer o que faria se o caso se passasse com um ministro de um Governo que chefiasse.
O líder do PSD criticou ainda a anunciada reestruturação do SEF para janeiro.
"Aquilo que se passou no SEF - a morte de um cidadão ucraniano por agentes do SEF - não é razão para se fazer uma reestruturação do SEF, é razão para se mover um processo crime e se averiguar o que se passou naquele caso concreto", defendeu.
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