Em entrevista à SIC, Oksana Homeniúk disse que não aceitou a carta de condolências enviada, no final da semana passada, pelo ministério de Eduardo Cabrita relativamente à morte do marido. A viúva não quer receber qualquer tipo de condolências.
Oksana diz que a prioridade, neste momento, é a luta por um julgamento justo.
“Essas condolências não fazem nada por mim, eu quero que ele se ocupe deste assunto e deste processo de investigação e que estas pessoas sejam castigadas. Para mim, isso é o mais importante, porque as condolências... obrigada pelas condolências, mas elas não fazem nada por mim”, disse.
Oksana Homeniúk afirma-se ainda incomodada pelos inspetores do SEF acusados no homicídio estarem em prisão domiciliária. O julgamento dos três agentes deverá começar em janeiro, 10 meses depois da morte de Ihor.
Disseram-lhe que o Ihor morreu por que razão?
Questionada pela SIC, a viúva revela que lhe doi dito que o marido tinha tido uma “morte natural”, se tinha sentido mal junto ao avião e que os médicos já não foram a tempo de lhe prestar ajuda, tendo morrido nas mãos destes.
“[Disseram-me] que ele tinha tido um ataque de epilepsia e que tinha estado no hospital. Perguntaram-se se ele já tinha tido algum ataque epilético, mas ele nunca na vida tinha tido essa doença”.
A indemnização por parte do Estado português deverá chegar à família de Ihor até ao final do ano.
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