O sindicato dos investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) alerta que a extinção deste órgão de polícia criminal pode fazer disparar o risco de ataques terroristas. A nova estrutura anunciada pelo Governo vai chamar-se Serviço de Estrangeiros e Asilo e prevê a transferência dos inspetores do SEF para a PSP, GNR e Polícia Judiciária (PJ).
Depois do escândalo da morte de Ihor Homeniuk, nada será como antes. Para que não se repita uma situação que, como disse o ministro Eduardo Cabrita, “envergonha-nos a todos”, o Governo quer uma mudança radical no atual SEF, com transferência de competências para as diferentes polícias. A decisão tem de ser aprovada na Assembleia da República.
Caso avance, o Serviços de Estrangeiros e Asilo terá como função apoiar os imigrantes e os refugiados que vivem em Portugal. A investigação criminal muda de mãos. No entanto, os inspetores temem o aumento da criminalidade.
Esta reforma, segundo avança o Governo, vai chegar também à PSP e à GNR, através da partilha de serviços comuns. O Executivo prevê concluir o processo até ao final da legislatura.
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