A GNR informou esta quinta-feira que não recebeu ordens superiores para impedir ou condicionar “quaisquer diligências” relacionadas com a investigação ao acidente que envolveu o carro do ministro da Administração Interna.
Em comunicado, a GNR informa ainda que se encontra a desenvolver “todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais”.
Por ser uma investigação em curso, a força de segurança esclarece não serem possíveis, de momento, esclarecimentos adicionais.
O Correio da Manhã afirmava, esta quinta-feira, que o automóvel estaria a circular a cerca de 200 km/h e que o núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR que se deslocou ao local teria sido condicionado na peritagem ao automóvel, por ordem superior.
DÚVIDAS E CONTRADIÇÕES
A destruição do farolim e o lado esquerdo amolgado são indicadores da forma como o embate terá acontecido, mas as circunstâncias em que ocorreu o acidente continuam envoltas em dúvidas e contradições.
A começar pela velocidade a que circulava o automóvel e o local onde o trabalhador foi colhido. No local estariam três colegas de trabalho da vítima, que testemunharam o acidente, mais os elementos da comitiva do ministro, que se desconhece quantos eram, e o condutor.
No dia a seguir ao acidente, o Ministério divulgou um comunicado dizendo que "não havia qualquer sinalização que alertasse os condutores para a existência de trabalhos de limpeza em curso".
Informação que a Brisa desmente, garantindo que a sinalização dos trabalhos de limpeza realizados na berma da A6 estava a ser cumprida pela ArquiJardim, conforme os procedimentos de segurança adequados para este tipo de intervenção.