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Incêndio de Castro Marim atinge perímetro de mais de 40 quilómetros

No terreno estão mais de 600 operacionais.

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O incêndio que desde segunda-feira lavra em Castro Marim continua por dominar e já passou para os concelhos de Vila Real de Santo António e Tavira. Mais de 80 pessoas foram retiradas das casas por precaução e um canil com quase 200 animais foi evacuado.

Na conferência de imprensa de balanço esta terça-feira, o comandante das operações de socorro, Richard Marques, referiu que foram montadas duas zonas de apoio à população - em Tavira, que acolheu 26 pessoas, e outra em Castro Marim, com sete pessoas acolhidas.

Um bombeiro ficou ferido durante o incêndio. É comandante da corporação de Algés e estava a ajudar no combate às chamas. Foi transportado de helicóptero para o hospital de Lisboa e já teve alta.

Canil evacuado

O responsável revelou ainda que foi necessário retirar "80 cães e 110 gatos" do Canil Intermunicipal de Castro Marim - Vila Real de Santo António, que foram colocados em Tavira e Loulé, com o apoio de voluntários.

As chamas estendem-se por um perímetro de mais de 40 quilómetros e já consumiram nove mil hectares. Dada a dimensão e a progressão do incêndio, tornou-se difícil para os bombeiros chegarem a todo o lado. Houve localidades em que foram os populares a tentar controlar as chamas que ameaçavam as casas.

A presidente da Câmara de Tavira, Ana Paula Martins, afirmou na conferência de imprensa ter testemunhado "algumas habitações pelo menos parcialmente afetadas" e destacou que a zona da mata da Santa Rita "foi muito afetada", tendo o fogo destruído a zona de lazer.

Condições meteorológicas dificultam combate às chamas

As condições meteorológicas estão a dificultar os trabalhos. A previsão é que o vento intenso, a temperatura alta e humidade se mantenham.

O alerta para o incêndio rural foi dado às 01:05 de segunda-feira e o fogo chegou a ser dado como dominado pelas 10:20, mas o "quadro meteorológico severo", com altas temperaturas e vento, estiveram na origem de uma "reativação muito forte, em pleno período crítico do dia, junto à cabeça/flanco direito do incêndio original, e este ficou rapidamente fora da capacidade de extinção", explicou anteriormente Richard Marques.

No terreno estão mais de 600 operacionais, apoiados por 209 meios terrestres e oito meios aéreos.

O incêndio levou ainda ao corte de trânsito das principais vias do Algarve, a A22, mais conhecida como Via do Infante, e da Nacional 125. Ambas foram, entretanto, reabertas.

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