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Sete funcionários de Lojas do Cidadão agredidos desde o início de setembro 

Há profissionais de baixa médica devido às agressões.

Pelo menos sete funcionários das Lojas do Cidadão foram agredidos, de forma grave, desde o início de setembro.

A denúncia é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado.

O presidente do sindicato, Arménio Maximino, revela que há profissionais de baixa médica por causa das agressões físicas e que todos os dias existem agressões verbais a funcionários de diferentes lojas.

O sindicato diz que o caos nas Lojas do Cidadão está relacionado com a falta de trabalhadores.

A situação piorou quando deixou de ser necessária a marcação para o atendimento dos utentes.

"Há um ambiente de medo por parte dos trabalhadores"

Arménio Maximino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e Notariado, denuncia as agressões verbais e físicas que vários trabalhadores dos serviços estão a ser alvo.

Em entrevista à SIC Notícias, diz que a falta de trabalhadores nas conservatórias e Lojas do Cidadão estão a causar longos atrasos e, por consequência, os utentes "descarregam toda a sua frustração" nos serviços e nos funcionários.

"Os cidadãos não têm acesso aos serviços com a celeridade que desejam e descarregam toda a sua frustração no serviço e nos colegas."

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Explica que estas "frustrações" passam por agressões verbais e, em alguns casos, chegam à agressão física. "São insultos quase diários."

O presidente do sindicato relata casos de trabalhadores agredidos que temem represálias dos utentes agressores, caso façam queixa.

"Há um ambiente de medo por parte dos trabalhadores"

Para Arménio Maximino, as soluções passam por recrutar mais trabalhadores, para acabar com os atrasos, e ter mais seguranças. Em certos casos, defende mesmo a presença de agentes da autoridade ou um maior patrulhamento às conservatórias ou lojas do cidadão no horário de abertura.

Lojas do cidadão já em funcionamento normal

A partir de 1 de setembro, passou a ser possível recorrer a serviços públicos sem marcação prévia. Foi o caso das lojas do cidadão, que tiveram uma grande afluência no dia de abertura.

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Ao todo, são 60 lojas do cidadão, que voltaram a funcionar com o atendimento presencial e sem restrição de horário. As orientações do despacho do Governo para esta medida são claras: quem não conseguir atendimento, deve ter assegurado um agendamento oportuno.

A coordenadora da Rede Nacional de lojas do cidadão, Paula Carvalho, lembra que, nesta fase, muitos dos assuntos que eram tratados nas lojas podem agora ser resolvidos na plataforma online.

Os balcões de atendimento ao público estiveram encerrados no âmbito da pandemia.

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