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Advogados do Banco Privado Português avisaram autoridades que João Rendeiro podia fugir

A equipa de advogados do BPP pediu que a medida de coação fosse agravada porque considerava que havia sérios indícios que apontavam para o perigo de fuga de João Rendeiro.

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A equipa de advogados que representa o Banco Privado Português (BPP) avisou as autoridades que João rendeiro poderia fugir.

Com um processo já transitado em julgado e com uma pena de prisão efetiva em cima da mesa, a equipa de advogados que representa o BPP considera que a fuga de João Rendeiro era um cenário mais que provável.

"Trata-se de um cidadão que não tem nenhuma ligação forte a Portugal (...) e que tem aparentemente meios de subsistência e de angariação de rendimentos no estrangeiro", explica Paulo Sá e Cunha.

O advogado do BPP em liquidação, ainda há uma semana, no dia 22 de setembro, apresentou um requerimento em dois tribunais, a pedir que a medida de coação aplicada a João Rendeiro fosse agravada.

João Paulo Batalha, consultor de Políticas Anticorrupção e ex-presidente da Associação Transparência e Integridade, em entrevista à SIC Notícias, fala numa brutal negligência do sistema judicial.

"Ninguém tem o direito de se surpreender com esta fuga, porque tudo indicava que isto podia acontecer. João Rendeiro não tinha nada a perder", considera João Paulo Batalha.

A partir deste momento abre-se um processo de cooperação judiciária internacional, em que serão emitidos mandados de captura. Se João Rendeiro for detido vai depender do país: se tem ou não tratado de extradição com Portugal.

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