As confederações patronais suspenderam a presença na concertação social e pediram uma audiência ao Presidente da República, ao mesmo tempo que em reação às alterações aprovadas pelo Governo à lei laboral, falam de desrespeito, avisando que podem vir a anunciar novas medidas.
A aprovação do Governo das alterações à lei do trabalho levou as confederações patronais a abandonar a concertação social.
A Agenda do Trabalho digno foi aprovada pelo Governo com propostas que os parceiros dizem não lhes terem sido apresentadas e sem o seu consenso.
Nas novas medidas aprovadas, o Estado deixa de poder contratar empresas com precários, a compensação por despedimento sobe de 12 para 24 dias por ano para contratos a termo, são repostos os valores de pagamento das horas extraordinárias, a redução de 6 para 4 no número máximo de contratos temporários, a proibição do recurso a "outsourcing" durante um ano após despedimento, o reforço dos poderes da Autoridade para as Condições de Trabalho e o alargamento o princípio do tratamento mais favorável às situações de teletrabalho.
A proposta de lei segue para a Assembleia da República.