A apreensão da coleção de arte de João Rendeiro está a enfrentar uma série de dificuldades de armazenamento devido à falta de espaço nas instalações da Polícia Judiciária. A PJ pediu apoio ao tribunal devido à dimensão das peças, que têm estado a ser recolhidas desde a semana passada.
A primeira fase da apreensão, destinada às obras guardadas no interior da casa de João Rendeiro, ficou concluída na semana passada.
A Polícia Judiciária preparava-se, agora, para recolher as peças expostas no jardim, mas deixou de ter espaço para as guardar. Num documento a que a SIC teve acesso, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ avisa a juíza que mandou apreender a coleção, mas que a segunda fase da remoção das peças não tem data para acontecer por não ter sido encontrada uma solução para o armazenamento das obras.
Pede ainda ao tribunal indicações sobre o destino a dar às obras de arte, cujas características não permitem o acondicionamento no cofre da Polícia Judiciária.
O tribunal indica uma solução. Diz que, uma vez que nas instalações da PJ, não há condições para o armazenamento da coleção exposta no exterior da casa, deverá ser o Gabinete de Administração de Bens a guardar e a conservar as peças.
O despacho da juíza já seguiu para o juiz Presidente da Comarca de Lisboa, juntamente com a lista e imagens de todas as obras apreendidas há uma década. A informação seguiu num CD e não em formato físico, porque falta ao tribunal uma impressora a cores.
Apreendidas em 2010, as 124 obras de arte passaram das mãos de João Rendeiro para o Estado para salvaguardar indemnizações aos lesados do Banco Privado Português.
► VEJA MAIS:
-
Coleção de arte de João Rendeiro já começou a ser retirada pela Polícia Judiciária
- Caso BPP: Supremo Tribunal manda libertar Paulo Guichard
- PJ desloca-se casa de João Rendeiro para analisar coleção de obras de arte apreendida há 10 anos
- PJ detetou obras de arte que podem ser falsas na coleção de João Rendeiro
- Procuradora-Geral da República recusa falar sobre fuga de João Rendeiro