Quase um mês depois de terem colocado o lugar à disposição, os médicos demissionários do Hospital de Setúbal dizem que ainda não foram ouvidos pelo Governo. Em audição a pedido do Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, traçaram o retrato hospitalar.
Após a demissão em bloco, no Hospital de Setúbal, o Governo anunciou a autorização para contratar sete especialistas. Um investimento de 17,2 milhões de euros foi traçado para ampliação das instalações, mas os médicos demissionários ainda não foram ouvidos.
Os funcionários alertam para a falta de atrativos para os médicos se fizarem na cidade e preencherem as vagas em falta.
Uma das situações mais críticas passa pela dificuldade em recuperar as cirurgias por falta de anestesistas.
No total, 87 médicos se demitiram no início de outubro, por considerarem que as condições no hospital chegaram a um ponto de rutura em vários serviços.
Entre os médicos demissionários estão diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões, chefes de equipa de urgência e a restante direção clínica.
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