O Sindicato Independente dos Médicos acusa a administração do Hospital de Setúbal de faltar à verdade sobre a contratação imediata de médicos.
Numa audição conjunta do sindicato e da Federação Nacional dos Médicos sobre os problemas no Centro Hospitalar de Setúbal, os sindicatos chamaram a atenção para a dificuldade em formar especialistas.
A ministra da Saúde respondeu ao problema com mais dez médicos, mas quem trabalha no hospital diz que não chega. Os sindicatos pedem que não se desista da saúde e alertam o Governo para a necessidade de internos.
Mais de 80 médicos pediram a demissão do hospital de Setúbal, sublinhando a "situação de rutura" nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade e na anestesia, entre outros.
Entre os 86 demissionários estão diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões, chefes de equipa de urgência e a restante direção clínica.
Há duas semanas, o Ministério da Saúde anunciou que autorizou a contratação de médicos para sete especialidades do centro hospitalar, sem indicar quantos, e um investimento de 17,2 milhões de euros na ampliação das instalações.
► VEJA MAIS:
- Presidente diz que demissão de 87 médicos não afetou funcionamento do hospital de Setúbal
- Médicos avançam com greve de 3 dias em novembro
- Administração do Hospital de Setúbal reconhece problemas nas urgências
- Conselho de administração do Hospital de Setúbal e diretor clínico demissionário hoje no Parlamento
- Utentes manifestaram-se em frente ao hospital de São Bernardo, em Setúbal
- Hospitais em rutura em Lisboa, Setúbal, Centro e Algarve
- Situação nas urgências do Hospital de Leiria está normalizada