Nos últimos dias, os 10 chefes que urgência de cirurgia do Hospital de Santa Maria já se demitiram, esta semana voltaram a desempenhar funções neste hospital e esta quinta-feira pediram a demissão novamente.
Na terça-feira tudo parecia encaminhado para um acordo com a administração do hospital, que apresentou um plano para resolver o impasse. O Sindicato Independente dos Médicos afirma que esta tentativa de resolução é mentira.
Jorge Roque da Cunha garante que a administração não cumpriu com os seus compromissos e que de momento "não há serviço de urgência de cirurgia".
O Hospital garante que este serviço não foi afetado e que todos os doentes estão a ser atendidos e assegura que ainda foram contratados quatro médicos.
Um dos pontos sensíveis a ser negociado é a diminuição das horas extraordinárias que são exigidas. Até setembro, médicos e enfermeiros fizeram 9 milhões de horas de trabalho suplementar. Como consequência, o SNS teve de pagar mais de 400 milhões de euros em horas extra e prestação de serviços.
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