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Santa Maria garante que urgência cirúrgica esteve a funcionar e nega recuo nas negociações

O Sindicato Independente dos Médicos, em entrevista à SIC Notícias, assegurou que "neste momento, não há serviço de urgência de cirurgia" após demissão dos chefes do serviço.

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O Hospital Santa Maria garante que a urgência cirúrgica esteve a funcionar normalmente durante a manhã desta quinta-feira, e por isso, nega que não haja este serviço.

A demissão dos chefes da urgência cirúrgica do Santa Maria não estará assim a ter impacto no funcionamento, diz o hospital, porque este profissionais ainda estão no interior da urgência e, portanto, continuam a trabalhar, ainda que demissionários.

A administração diz que tudo fez e continua a fazer para que se chegue a entendimento e nega categoricamente que tenha havido um recuo no que diz respeito às negociações.

Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente de Médicos, em entrevista à SIC Notícias, assegurou que "neste momento, não há serviço de urgência de cirurgia".

Os chefes da equipa de urgência cirúrgica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, voltaram a pedir demissão esta quinta-feira, dois dias depois de um aparente entendimento.

O Sindicato Independente dos Médicos explica que a decisão foi tomada porque que não foram cumpridos os compromissos assumidos, sendo que uma das questões estará relacionada com o número máximo de horas extraordinárias.

Esta situação ocorre após os chefes de equipa de cirurgia de urgência, a 10 de novembro, numa carta enviada ao diretor clínico do hospital, revelarem o descontentamento com as atuais condições de trabalho e informarem que, caso os problemas do serviço não fossem resolvidos, a demissão em bloco, entraria em vigor a 22 de novembro, o que se veio a confirmar.

Os profissionais dizem que as condições de trabalho se têm degradado e que não é possível fazer escalas de serviço, quando há cada vez mais médicos a recusar fazer mais do que as horas extraordinárias obrigatórias por lei. Só no último ano, alguns dos profissionais fizeram mais de mil horas extraordinárias, muitas sem serem pagas.

O dirigente sindical afirma que "a resiliência destes profissionais" está expressa "nas centenas de horas que este ano já efetuaram", recordando que quando um médico faz 500 horas extraordinárias está a trabalhar mais cerca de 60 dias já que o horário de trabalho são oito horas.

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