Na primeira entrevista de Manuel Pinho depois de ter sido detido por suspeitas de corrupção do ambito do caso EDP, o antigo ministro da economia negou ter recebido dinheiro do Grupo Espírito Santo de forma indevida.
Em declarações exclusivas ao semanário Expresso, apontou falsidades e incorreções ao Ministério Público e garantiu que sempre foi independente dos interesses do GES durante o período em que esteve no Governo.
Disse que não é é altura de explicar porque razão terá recebido, segundo o Ministério Público, avenças de 15 mil euros mensais e outras verbas avultadas do GES durante o periodo em que foi ministro.
De acordo com a investigação, Pinho ter-se-á deixado corromper em troca de decisões favoráveis aos interesses do Grupo Espírito Santo e da EDP enquanto titular da pasta da Economia. Manuel Pinho nega, todavia, qualquer pacto secreto com Ricardo Salgado com quem mantém uma relação próxima há 27 anos e com António Mexia, de quem é compadre.