Na intervenção que fez no palco do 39.º Congresso do PSD, Carlos Moedas fez questão de agradecer a Rui Rio e também a Paulo Rangel, mas pediu que a partir de agora haja apenas um PSD.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa garantiu a Rui Rio que não está sozinho.
"As pessoas estão desiludidas com aqueles que querem o poder pelo poder. Só votarão em nós se estivermos unidos. Porque só unidos geramos confiança", defendeu, agradecendo quer a Rui Rio a confiança que sempre teve em si, quer a Paulo Rangel por "tudo o que fez" por si desde a primeira hora.
Este agradecimento aos dois protagonistas das últimas diretas mereceu dos primeiros gritos "PSD, PSD" que se ouviram desde o arranque da reunião, na sexta-feira à noite.
No entanto, o antigo secretário de Estado de Passos Coelho - outro nome que mereceu muitos aplausos do Congresso - avisou que "a união não é suficiente".
"Temos que ser concretos e inconformados contra um poder que anestesia o país. Ser um inconformista moderado é vencer sem alianças com os extremos", disse, num recado implícito sobre a recusa entendimentos eleitorais com o Chega, que excluiu da coligação "Novos Tempos" que venceu as autárquicas.
Moedas apelou ao partido que corra o risco "de querer mudar" e citou Rui Rio, que já disse que sozinho é impossível fazer reformas".
"E tem toda a razão. Mas Rui Rio, quero aqui dizer-lhe, alto e bom som, que não está sozinho. Tem um partido inteiro atrás de si. Tem um país ávido de mudança consigo", afirmou.
Saiba mais
- Iniciativa Liberal disponível para acordos com PSD e CDS
- Depois de Lisboa, Carlos Moedas acredita que PSD vai "ganhar o país"
- Críticos de Rui Rio vão estar alinhados com estratégia do líder, acredita Silvano
- Legislativas: Jerónimo quer travar maioria absoluta do PS e regresso do PSD
- Rui Rio desvaloriza sondagem e não comenta prisão de Manuel Pinho
- É preciso respeitar a presunção de inocência de Manuel Pinho, diz vice do PSD