Portugal registou 125 incêndios no sábado, o número mais elevado do ano, e as previsões indicam que situação ainda poderá piorar.
A partir de segunda-feira o país passa a estar em situação de contingência e em alerta vermelho por causa do risco elevado de incêndio.
Este domingo mantêm-se ativos os três grandes incêndios que deflagraram nas regiões Norte e Centro.
O fogo em Ourém continua a ser o que mobiliza mais meios. Às 08:50, segundo o site da Proteção Civil, estavam no terreno mais de 700 operacionais, apoiados por cerca de 230 viaturas e oito meio aéreo. Em Pombal cerca de 500 bombeiros combatiam as chamas, com mais de 150 viaturas e três meios aéreos. Mais a Norte, no incêndio de Carrazeda de Ansiães estavam 200 bombeiros, 60 viaturas e um meio aéreo.
Há ainda outros incêndios ativos no país, mas de menor dimensão, nomeadamente em Penafiel e Baião, no distrito do Porto.
Por volta das 08:30, a Proteção Civil tinha o registo de seis novos incêndios que deflagraram na manhã deste domingo em Canelas e Custóias, ambos no distrito do Porto, e em Pisão, distrito de Leiria; Gavião, e Braga; Sabroso de Aguiar (Vila Real), Arruda dos Vinhos, em Lisboa.
O ministro da Administração Interna anunciou no sábado que o Governo decidiu declarar a situação de contingência entre segunda e sexta-feira, permitindo que a Proteção Civil mobilize "todos os meios de que o país dispõe" para combater os incêndios num período em que se preveem temperaturas superiores a 45° em alguns pontos do país.
José Luís Carneiro explicou que a decisão se deve à previsão de agravamento das condições meteorológicas associadas a um elevado risco de incêndio, com a conjugação de fatores como a seca que se vive no país, níveis de humidade muito baixos, a previsão de ventos de várias orientações e noites muito quentes, o que não dá garantia de que haja reposição de humidade para níveis de segurança.
