Há médicos internos de obstetrícia que já ultrapassaram, este ano, as 650 horas extraordinárias. O bastonário da Ordem dos Médicos reuniu, esta terça-feira, com os internos que escreveram à ministra da Saúde dizendo que não fazem mais trabalho extra além das 150 horas previstas pela lei.
Com falta de obstetras especialistas, os hospitais estão a recorrer aos médicos internos para preencher as escalas de serviço, contrariando os regulamentos da Ordem e pondo em causa a segurança dos doentes.
Miguel Guimarães reuniu, esta terça-feira, com alguns dos médicos internos que no início do mês escreveram à ministra da Saúde, dizendo que não iriam fazer mais do que as obrigatórias 150 horas extraordinárias anuais, apesar da exceção prevista na lei pra ultrapassar esse limite.
O bastonário diz que é preciso um novo modelo de gestão para atrair profissionais para o Serviço Nacional de Saúde e não acredita que o novo estatuto ajude a resolver os problemas existentes.
Na próxima segunda-feira, o bastonário vai receber os internos de Medicina Interna, que também enviaram uma carta à ministra da Saúde, assinada por 400 médicos.