O PSD pediu o envio urgente ao Parlamento do relatório sobre mortalidade materna, alegando que a DGS prometeu enviá-lo à Assembleia da República no final de julho, o que ainda não aconteceu.
Num requerimento dirigido à ministra da Saúde demissionária, os deputados do PSD referem que "a mortalidade materna tem registado uma evolução preocupante em Portugal".
"De acordo com os últimos dados do INE e da DGS, a taxa de mortalidade materna aumentou substancialmente nos últimos três anos anteriores à pandemia de covid-19, para 12,8 óbitos por 100 mil nascimentos, em 2017, 17,2 em 2018 e 10,4 em 2019", referem, acrescentando que, em 2020, a taxa de mortalidade materna atingiu os 20,1 óbitos por 100 mil nascimentos, "o nível mais alto dos últimos 38 anos".
De acordo com os deputados do PSD, Graça Freitas, confrontada com este aumento da mortalidade materna, "anunciou ter criado uma comissão para investigar as respetivas causas e analisar os óbitos ocorridos".
"Mas o facto é que, até hoje, não se conhecem os resultados desse trabalho", lamentam.
Segundo o requerimento, Graça Freitas foi confrontada a 19 de julho em audição na Comissão parlamentar de Saúde, com a ausência da divulgação deste relatório, tendo pedido "uns dias" para enviar o mesmo ao Parlamento.
"Sucede que, desde então, não decorreram apenas 'uns dias', mas sim mais de dois meses e o facto é que o relatório ainda não foi enviado à Assembleia da República", afirmam os deputados do PSD, justificando o pedido do mesmo ao Ministério da Saúde.