A 9 de junho, uma grávida deu entrada no hospital das Caldas das Rainha, mas a urgência de obstetrícia estava encerrada por falta de médicos.
Era uma da manhã e a mulher deslocou-se pelos próprios meios e, por isso, não foi de imediato desviada para outro hospital. Estava na fase final da gravidez e acabou por ser vista por uma médica. Foi feita uma cesariana de emergência, mas o bebé não resistiu.
A justiça está a investigar o caso, mas o processo avança devagar. Mais de dois meses depois ainda se espera o resultado da autópsia.
Um mês depois, um novo episódio nas urgências obstétricas, mas de uma mãe com uma gravidez de risco, que perdeu o bebé depois de percorrer 100 quilómetros para ser atendida.
A grávida, de Vila de Rei, tinha indicação de que a urgência do hospital de Abrantes estava encerrada, mais uma vez por falta de especialistas. Foi diretamente à maternidade mais próxima, em Santarém. O bebé acabou por chegar sem vida.
Mais recentemente, há uma semana, uma outra grávida teve de percorrer mais de 100 quilómetros desde o Seixal até às Caldas da Rainha. O parto acabou correu bem.
“Chegámos aqui às Caldas já de manhã, depois das 08:00. Toda a gente no hospital foi fantástica. Foi a nossa única sorte”, disse o pai, João Morais.
A Administração Regional de Saúde não deu esclarecimentos disse apenas que foi aberto um inquérito.