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Afinal, Medina continua à procura de um consultor "com o currículo adequado"

Afinal, Medina continua à procura de um consultor "com o currículo adequado"
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

A primeira escolha recaiu em Sérgio Figueiredo, antigo diretor da TVI, mas a contratação gerou polémica.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou esta terça-feira que o lugar de consultor do Ministério que foi recusado por Sérgio Figueiredo, no mês passado, será ocupado por uma "pessoa com o currículo adequado" para as funções exigidas.

“(...) Quando se encontrar a pessoa com o currículo adequado para cumprir as funções que considero importantes, de abertura do ministério e do diálogo (...) com a sociedade civil, (...) irá poder trabalhar com o Ministério das Finanças”.

"A necessidade que existe no ministério mantém-se, a necessidade que temos mantém-se", realçou o governante, acrescentando que "é uma decisão normal da constituição de um gabinete de um membro do Governo que só pelos ares deste tempo é que deu a polémica deu".

A primeira escolha recaiu em Sérgio Figueiredo, antigo diretor da TVI, mas a contratação gerou polémica devido aos valores envolvidos e ao eventual conflito de interesses.

O objetivo era ser um interlocutor junto de empresários, confederações patronais e sindicatos antes e durante a execução das políticas, criando assim uma ponte com todos os parceiros envolvidos.

A contratação do consultor, explicou o Ministério das Finanças, foi feita por ajuste direto por causa da especificidade das funções. O salário bruto seria semelhante ao do próprio ministro: cerca de cinco mil euros.

Mas Sérgio Figueiredo não chegou a assinar o contrato. Choveram críticas por causa dos valores envolvidos, de não ter regime de exclusividade e da ligação com Medina. Quando era diretor da TVI, Figueiredo contratou o na altura presidente da Câmara de Lisboa para comentador.