A TAP garantiu, esta quarta-feira, que tem estado em "estreita cooperação" com as autoridades, depois do ataque informático, no dia 25 de agosto. A companhia aérea lamenta ainda o ataque e informa os clientes sobre os dados pessoais que poderão ter sido divulgados.
Em comunicado, refere que os "hackers" acederam "ilegitimamente a dados pessoais de clientes TAP". No entanto, garante ter implementando medidas de cibersegurança, com o apoio de especialistas e peritos forenses.
"Queremos informar que as categorias de dados pessoais de clientes TAP divulgadas consistem nas seguintes: nome, nacionalidade, sexo, data de nascimento, morada, e-mail, contacto telefónico, data de registo de cliente e número de passageiro frequente".
As informações sobre cada cliente podem variar, informa ainda, acrescentando que não há "indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos sistemas".
A TAP lamenta o ataque informático e a divulgação de dados dos clientes.
"Gostaríamos de reafirmar o nosso empenho na proteção dos dados pessoais dos nossos clientes, continuando a implementar medidas adicionais para reforço da sua segurança".
Recomendações
A TAP recomenda a verificação das condições de segurança, mais concretamente, a "utilização de uma senha forte e a sua alteração frequente".
Aconselha que os clientes se mantenham cautelosos em relação a "comunicações não solicitadas".
A companhia aérea pede ainda que os utilizares evitem clicar em ligações ou descarregar anexos enviados a partir de endereços de e-mail suspeitos.
Hackers partilham dados pessoais de 1,5 milhões de clientes da TAP
O grupo de hackers Ragnar Locker, responsável pelo ataque informático à TAP no final do mês passado, publicou dados pessoais de 1,5 milhões de clientes da companhia aérea. Esta segunda-feira, foi divulgado na Dark Web um documento com 581 gigabytes de informação. De acordo com o jornal Expresso, a TAP não terá cedido à chantagem do grupo de piratas, que dizem que continuam a ter acesso aos sistemas informáticos da companhia aérea.
De acordo com o Expresso, a empresa apenas diz que "a intrusão foi contida numa fase inicial, antes de provocar danos nos processos operacionais. As operações da TAP estão a decorrer com normalidade".
Os piratas informáticos já tinham publicado dados de 115 mil clientes, há mais de uma semana, e ameaçaram com uma fuga de informação maior, caso o resgate não fosse pago. O Expresso avança que a transportadora aérea portuguesa não terá cedido à chantagem do grupo Ragnar Locker.
O grupo de cibercrime que reivindicou o ataque à TAP é o mesmo que realizou um ciberataque à EDP há cerca de dois anos e meio e, na altura, o Ragnar Locker pediu um resgate de 10 milhões de euros à empresa que sempre negou qualquer pagamento.