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"Não tenho, nem tenho que ter" informações sobre buscas na PCM, diz Costa

O primeiro-ministro garantiu que vai tomar as medidas disciplinares que forem necessárias.

"Não tenho, nem tenho que ter" informações sobre buscas na PCM, diz Costa
ANTONIO PEDRO SANTOS

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira que não tem informações sobre as buscas na Presidência do Conselho de Ministros, nem teria que ter, e garantiu que tomará as medidas disciplinares que forem necessárias.

"Não tenho nenhuma informação, nem tinha, não tenho, nem tenho que ter, sobre as buscas que estão em curso, a não ser aquilo que tenho visto na comunicação social", afirmou, durante o debate de política geral que decorre na Assembleia da República.

O primeiro-ministro respondia ao líder do Chega sobre as buscas realizadas pela Polícia Judiciária na Presidência do Conselho de Ministros e que se prendem com crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio e falsificação de documento.

André Ventura questionou António Costa se "já tinha conhecimento eventual de algumas destas suspeitas" e se "o Governo vai tomar alguma medida cautelar disciplinar".

"Se houver alguma medida disciplinar tiver de ser tomada, tomarei", garantiu o primeiro-ministro.

A Polícia Judiciária fez buscas em vários postos de trabalho. Em causa estão suspeitas de corrupção, sendo o alvo principal da operação o secretário-geral da Presidência do Conselho de Ministros, David Xavier.

A operação de buscas consiste em recolher prova que possa ser útil para esta investigação, para uma fase preliminar.

O secretário terá obtido benefícios pessoais através de subornos, na aquisição para o Estado de sistemas informáticos a uma determinada empresa localizada no Norte, que também está a ser alvo de buscas.

O DCIAP confirma que estão a ser alvos de buscas cinco locais , “abrangendo sociedades comerciais, empresas de contabilidade, residências particulares e organismos de administração pública".

As diligências estão a decorrer nas regiões de Lisboa, Coimbra, Porto e Braga, informa o DCIAP através de um comunicado.

Para já, não foram constituídos arguidos e o inquérito encontra-se em segredo de justiça.