A ministra da Coesão Territorial diz estar solidária com o ministro Pedro Nuno Santos e com o pai num caso de incompatibilidade.
“Mantenho solidariedade, amizade com o Pedro, com a família e em especial com o seu pai, que é um grande empresário”, admite a ministra.
A ministra da Coesão Territorial considerou, na Covilhã, que "na vida e na política" não se deve abandonar os amigos em momentos de dificuldades.
Durante uma sessão na Covilhã, e a propósito da luta contra as portagens que aquela região trava, a ministra afirmou que, na vida e na política, não abandona os amigos “em momentos de dificuldades” e agradeceu à Plataforma pela Reposição das SCUTs na A23 e A25 o reconhecimento do seu empenho nesta causa.
“Como na vida, eu pelo menos sou assim, não fujo nem abandono os amigos em momentos de dificuldades. Recuso-me. Nós temos muito essa natureza humana e na política também devemos cada vez mais fazer o que a Plataforma fez há dias, que é não abandonar quem leva a vossa voz ao Conselho de Ministros”, apontou.
A empresa Tecmacal - detida pelo ministro das Infraestruturas e pelo pai - realizou um contrato por ajuste direto com o Estado, o que levantou questões sobre incompatibilidade.
O Ministério das Infraestruturas e da Habitação esclareceu hoje que Pedro Nuno Santos não está em situação de incompatibilidade no caso Tecmacal, invocando um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República pedido pelo Governo em 2019.
Já a ministra da Coesão foi acusada de conflito de interesses, depois de uma notícia do Observador ter informado que o marido de Ana Abrunhosa concorreu a fundos quando a governante já tutelava as Comissões de Coordenação e de Desenvolvimento Regional (entidades responsáveis pela gestão dos fundos comunitários).
Na notícia do jornal Observador era ainda referido que a empresa, detida em parte pelo marido de Ana Abrunhosa, foi criada 15 dias antes do início da execução do projeto.