PS e PSD vão discutir, em reuniões internas, a revisão constitucional. Os dois maiores partidos têm projetos para alterar normas da lei fundamental e têm de se entender para garantir a aprovação no Parlamento. O líder do PSD já disse que está disponível para um acordo com o PS.
O projeto de revisão constitucional do PSD vai ser definido num conselho nacional extraordinário. Mas, antes da discussão dentro do partido, Luís Montenegro já falava para o PS.
Aprovar alterações à Constituição implica uma maioria de dois terços, ou seja, tem de haver um entendimento entre os dois maiores partidos. Depois do Chega ter aberto o processo de revisão constitucional a 12 de outubro, ao entregar uma proposta nesse sentido, o PS e PSD também avançaram. O Bloco de Esquerda quer adiar a discussão.
A Iniciativa Liberal chegou a apresentar um projeto para acabar com o que dizia ser a carga ideológica da Constituição, tanto no Serviço Nacional de Saúde com na escola pública que, para a IL, podem ser igualmente privados.
No entanto, não deve haver grande abertura dos dois maiores partidos para alterações profundas. O PS entra mais nesta discussão pelas questões que têm sido levantas em duas leis: a lei do acesso aos metadados e a lei de emergência sanitária.
Marcelo abriu a porta a este debate e António Costa que disse admitir alterações cirúrgicas, deixando ao PS a possibilidade de trabalhar mais alguns pontos.
O PSD, que no passado já teve projetos de revisão constitucional, avançou não resgatando as propostas de Passos Coelho ou de Rui Rio, mas com um conjunto novo de ideias e com disponibilidade para acordar com o PS uma revisão constitucional.