A Frente Cívica pediu ao Governo que explicasse a saída de Alexandra Reis da TAP, a indigitação para a NAV e quer ainda ver publicado o acordo de renúncia.
A associação diz que a suspeita que fica é de que a atual secretária de Estado do Tesouro beneficiou, não de um, mas de dois "paraquedas dourados": a indemnização que o próprio Governo coloca agora sob suspeita e a nomeação para um outro cargo público noutra empresa, explica o vice-presidente da Frente Cívica, João Paulo Batalha.
Já Paulo de Morais, presidente da associação, esclarece que "quem nomeia Alexandra Reis enquanto administradora da TAP é o Estado representado através do Governo" e deixa a questão: "Qual é o nível de responsabilidade de um Governo, de uma tutela, que em junho entende que Alexandra Reis era excelente administradora e em fevereiro do ano seguinte já entende que não?".
"Quem gere dinheiros públicos não pode nomear para a administração de uma empresa com a sensibilidade da TAP (...) com esta leviandade."
João Paulo Batalha afirma que Alexandra Reis "ficará sempre sob suspeita de estar não a servir o tesouro, mas a servir-se do tesouro" porque "acaba de tirar 500.000 euros de uma empresa falida".
O ministro a quem pedem que acabe com as suspeitas pediu, esta segunda-feira, à TAP, em despacho com as Finanças, informações sobre o enquadramento jurídico do acordo com a atual secretária de Estado do Tesouro, e sobre os 500 mil euros pagos de indemnização.
Paulo de Morais defende que a "probabilidade desta situação se tornar digna e credível está muito perto de zero".