A Frente Cívica exige que o Governo explique a saída de Alexandra Reis da TAP e quer ainda perceber se a nomeação para a presidência da NAV fez parte do acordo de renúncia.
João Paulo Batalha, vice-presidente da Frente Cívica, defende que os "ministros das Finanças e Infraestruturas não podem passar bola à TAP e fingir que não é nada com eles".
A nomeação de Alexandra Reis para a TAP foi da responsabilidade deles, tal como a saída da atual secretária de Estado da companhia aérea teve pelo menos a "concordância", ou até a "promoção", do Governo, explica Batalha.
"Portanto têm de explicar que processo foi este, por que razão é que ela sai com esta indemnização e vai logo para outra empresa pública, se não servia para a TAP."
João Paulo Batalha afirma mesmo que a suspeita aqui é que Alexandra Reis recebeu não um, mas dois paraquedas dourados para sair da TAP: a indemnização que o próprio Governo coloca agora sob suspeita e a nomeação para um outro cargo público noutra empresa.
"Neste momento não sabemos se a secretária de Estado do Tesouro tem jeito para encontrar tesouros em empresas falidas, e se sim, ainda bem que é secretária de Estado do Tesouro. Ou, mais provavelmente, se é uma secretária de Estado que se serve do tesouro."
A Frente Cívica considera que se está perante um problema de "coordenação política", que "destrói a capacidade da secretária de Estado estar em funções" e que diminui o próprio ministro das Finanças e das Infraestruturas.
“Isto tem de ser explicado, não é a administração da TAP que vai explicar, é António Costa que tem de dizer o que é que se passa.”