Pedro Nuno Santos estava no Governo há sete anos. Nos últimos meses, as questões com a TAP e o novo aeroporto de Lisboa já tinham deixado o ministro das Infraestruturas e da Habitação fragilizado.
Já em junho, Pedro Nuno Santos tinha ficado numa posição frágil quando teve de enfrentar a primeira grande polémica enquanto membro do Governo. A saída chegou a fazer parte da equação, mas o ministro resistiu.
Na altura, Pedro Nuno Santos avançou Alcochete como solução para o novo aeroporto de Lisboa e o Montijo como local de transição. Horas depois era desautorizado pelo primeiro-ministro.
António Costa pediu a revogação do despacho, falou num "erro grave" e em falhas na comunicação. Pedro Nuno Santos assumiu a responsabilidade e continuou no cargo.
Agora, a saída é inevitável, depois de mais uma polémica.
Pedro Nuno Santos, de 44 anos, chegou ao Governo em 2015, como secretário de estado dos assuntos parlamentares. Teve a missão de ser a ponte entre o governo e os parceiros da gerigonça.
Quatro anos depois, passou para o Ministério das Infraestruturas e da Habitação.
Nos primeiros meses com a pasta, enfrentou duas greves dos motoristas que pararam o país, a primeira deixou mesmo várias bombas sem combustível.
Enquanto ministro, teve ainda em mãos a reestruturação da TAP e o plano de investimento ferroviário. Obras que ficam por terminar.
Pedro Nuno Santos sai ao fim de sete anos, como um dos principais membros do Governo e do Partido Socialista.