Ainda não há qualquer previsão de quando serão conhecidas as conclusões da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) à polémica indemnização paga pela TAP a Alexandra Reis.
É essa auditoria que vai determinar se a indemnização, que o Ministério das Finanças garante não ter autorizado, é ou não legal. Contactado pela SIC, o gabinete de Fernando Medina não adianta prazos.
Fernando Medina garante que não sabia da indemnização. Diz que os antecessores também não faziam ideia e que a administração da TAP nunca informou o Ministério das Finanças.
Por enquanto, não há qualquer previsão de quando é que poderão ser conhecidas as conclusões da auditoria da IGF. Contactado pela SIC, o Ministério das Finanças não aponta prazos nem adianta se a auditoria foi pedida com carácter de urgência.
Nos dois Ministérios que tutelam a TAP - o das Finanças e o das Infraestruturas - a informação sobre o acordo de rescisão alcançado entre a empresa e Alexandra Reis terá chegado apenas a Hugo Mendes.
Segundo o ex-ministro Pedro Nuno Santos, o ex-secretário de Estado das Infraestruturas não encontrou incompatibilidades no acordo e autorizou a rescisão do contrato. Um aval que pode não ser suficiente.
Se a IGF entender que o pagamento tinha de ter luz verde também do Ministério das Finanças, Alexandra Reis pode ter de devolver os 500 mil euros de indemnização que recebeu.
Segundo o Correio da Manhã, o acordo não passou sequer pela Parpública, que detém 50% do capital da TAP e que devia ter aprovado e autorizado o pagamento.