Realizou-se na manhã desta segunda-feira, em Miranda do Douro, uma Assembleia Municipal extraordinária que contou a com a presença de vários políticos nacionais.
Dois anos depois da venda das seis barragens do Douro, o Estado ainda não cobrou quase 200 milhões de euros em impostos.
O objetivo da reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Miranda do Douro foi chamar a atenção do país para o se está a perder em impostos.
O negócio da venda das seis barragens do Douro rendeu à EDP dois mil e 200 milhões de euros.
Rui Rio, ex-líder do PSD, foi um dos convidados por diversas vezes ter levantado a questão no parlamento e, também, Catarina Martins que sempre foi uma voz crítica em relação ao negócio das barragens.
Os autarcas dos municípios abrangidos pelas barragens do Douro, que foram vendidas pela EDP, reuniram-se com a Autoridade Tributária em junho do ano passado e saíram convencidos de que os impostos decorrentes da transação iam ser mesmo cobrados.
A engenharia financeira em torno da venda das barragens deu origem a um processo-crime que está a ser investigado pela autoridade tributária sob coordenação do Ministério Público por suspeita de fraude fiscal.
De acordo com o Ministério das Finanças, a inspeção tributária para a cobrança desses impostos está suspensa enquanto decorre esse processo.
Da mesma forma, a Câmara de Miranda do Douro já manifestou intenção de avançar com ações judiciais para responsabilizar civil e criminalmente a EDP, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Autoridade Tributária, por não defenderem o interesse público no negócio das barragens.