Os professores prosseguem em greve por distritos, uma vez que as conclusões das reuniões com o Governo não terem agradado à classe. Esta segunda-feira, o protesto acontece no distrito de Castelo Branco. Para as 11:00 está marcada uma concentração na Covilhã.
Na escola básica João Ruiz e na secundária Amato Lusitano, ambas em Castelo Branco, a atividade letiva está totalmente interrompida. Os alunos juntaram-se aos professores para pedir respeito pela profissão.
“A razão principal [do protesto] não se trata dos professores estarem a reivindicar melhores condições salariais. Estamos a lutar pela escola pública, pela sua qualidade”, afirma José Gonçalves, representante do Sindicado dos Professores da Região Centro, afeto à Fenprof.
Os sindicatos acusam o Ministério da Educação de não estar “de boa fé” nas negociações. “Ouvimos o ministro da Educação e também o primeiro-ministro a dizer que estão abertos às negociações, mas, na mesa das negociações, tudo espremido é muito pouco”, acrescenta.
Protestos estendem-se a todo o país
Os protestos continuam também um pouco por todo o país. Os professores dizem ter saído insatisfeitos das reuniões com o ministro da Educação, na semana passada.
Em Gaia, realiza-se, na manhã desta segunda-feira, um protesto em frente à Câmara Municipal. Apesar de existirem 18 agrupamentos no concelho, a adesão é residual.
Os professores sublinham que estão a “lutar pela educação”. Queixam-se dos problemas existentes nas avaliações e na progressão de carreira do pessoal docentes e reclamam o tempo de serviço que lhes foi roubado.
“No mesmo contexto existem aos mil milhões para os bancos e para a TAP. É o momento de pensarmos na educação. Uma sociedade sem educação é uma sociedade sem futuro”, afirma uma das docente na manifestação.
Além das negociações das condições de trabalho, os sindicatos foram também convocados para definir serviços mínimos nas escolas a partir de dia 1 de fevereiro, mas recusaram a proposta. Por isso, já marcaram novo protesto para este sábado.