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Professores: FNE convoca greve nacional para 8 de fevereiro

A organização sindical de professores já tinha admitido a possibilidade de se juntar à greve por distritos convocada pela Fenprof em convergência com outros sete sindicatos.

Professores em protesto junto ao Ministério da Educação, em Lisboa
Professores em protesto junto ao Ministério da Educação, em Lisboa
TIAGO PETINGA

A Federação Nacional da Educação (FNE) anunciou esta quarta-feira que vai convocar uma greve nacional para o dia 8 de fevereiro e juntar-se, a partir de quarta-feira, às greves por distritos inicialmente convocadas por uma plataforma de oito organizações sindicais.

"Todas estas greves da FNE são mais uma prova de que a federação está completamente em consonância com as justas reivindicações dos educadores e professores portugueses que, apesar da falta de medidas de reconhecimento e de valorização da tutela, continuam a prezar e dignificar a profissão que abraçaram", lê-se no comunicado.

Na semana passada, a organização sindical, que é uma das mais representativas do setor, já tinha admitido a possibilidade de se juntar à greve por distritos convocada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) em convergência com outros sete sindicatos.

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FNE ameaçou abandonar as negociações com o Governo

A FNE entregou pré-avisos para cinco dias, a partir de 1 de fevereiro. Para esse dia, está marcada greve para o distrito de Santarém, seguindo-se Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

No dia 8 de fevereiro, em vez de se juntar à greve no distrito do Porto, que encerra os 18 dias de paralisação, a FNE realiza antes uma greve nacional.

"Para a FNE, o Ministério da Educação revela-se incapaz de trazer para a mesa da negociação propostas concretas de valorização da carreira docente e do tempo de serviço prestado", refere a federação, que já tinha ameaçado abandonar as negociações se a tutela não apresentar soluções na próxima reunião, ainda que o seu secretário-geral tenha reconhecido que algumas das propostas para o regime de recrutamento e mobilidade são positivas.

Agora, a FNE escreve que “as propostas para a alteração do regime de concursos não só não dão garantias de que se melhora e clarifica o modelo, como ainda introduzem mais fatores de instabilidade e injustiças”.

Dez organizações sindicais em greve

Entre as 12 organizações sindicais que estão a participar nas negociações com o Ministério da Educação, 10 vão estar em greve no mês de fevereiro:

  • o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P) com a greve por tempo indeterminado, que se prolonga desde dezembro;
  • o Sindicato Independente de Professores e Educadores com uma greve parcial, iniciada no arranque do 2.º período;
  • greve por distritos;
  • greves nacionais entre 1 e 3 de fevereiro, convocada pelo Sindicato Nacional dos Professores Licenciados.

No sábado, realiza-se uma manifestação de profissionais da educação, organizada pelo STOP, estando também marcado um outro protesto para o dia 11 de fevereiro, convocada pela plataforma de oito organizações sindicais e à qual a FNE também se vai juntar.