As greves distritais de professores prosseguem e, esta terça-feira, o protesto decorre em Coimbra. Na cidade dos estudantes, está marcada uma concentração na praça 8 de Maio, às 11:00.
Há protestos em várias escolas do distrito. Na escola básica e secundária Quinta das Flores, em Coimbra, os docentes já se manifestam à porta do estabelecimento de ensino. Irão, depois, em marcha até à concentração organizada pelos sindicatos.
Em algumas zonas, é esperado que também os funcionários se juntem às manifestações, o que significa que poderá não haver aulas em várias escolas. Vários alunos mostram o apoio aos professores.
Os docentes mantêm o protesto devido ao impasse nas negociações entre os sindicatos e o ministério da Educação. Os professores consideram as propostas apresentadas insuficientes. Para já, não está marcada uma nova ronda negocial.
“Para os professores está a faltar muito respeito pela profissão, que é uma das mais importantes e à qual parece não se dar importância – a sociedade em geral e o Governo em particular”, queixa-se uma professora. “A escola é fundamental e sem cidadãos educados não fazemos nada.”
Docentes organizam protestos em Cascais em Pinhal Novo
Cerca de meia centena de professores está em protesto junto à escola básica e secundária da Cidadela, em Cascais, para exigir respeito ao Ministério da Educação. Em Pinhal Novo, Palmela, os docentes realizam uma marcha e uma manifestação na praça da Independência.
Os professores queixam-se que não estão a ser ouvidos pelo Governo e pedem ao ministro da Educação que seja negocie “seriamente”.
“As propostas apresentadas são ilusões. O ministro é um ilusionista que joga com as palavras, mas aquilo é uma mão cheia de nada. E enquanto for uma mão cheia de nada temos de estar na luta, mostrar a nossa indignação”, diz uma professora em protesto no Pinhal Novo.
Os professores exigem a recuperação do tempo de serviço, a criação de novas políticas educativas e a alteração da avaliação dos professores.