No dia em que vão ser recebidos em Belém por consultores da Casa Civil, a Federação Nacional Professores (Fenprof) mantém as greves distritais. Esta quinta-feira está a ser a vez de Faro, com a Fenprof a garantir que a adesão é superior aos 95%, à semelhança do que tem acontecido no resto do país.
Questionado pela SIC Notícias sobre as expectativas para o encontro de mais logo no Palácio de Belém, o secretário-geral adjunto da Fenprof, José Feliciano, lembrou que o Presidente da República já manifestou publicamente que a carreira docente tem que ser valorizada.
“O senhor Presidente da República já referiu várias vezes que a carreira dos professores tem de ser valorizada, disse-o várias vezes e penso que deu também recados ao Governo e ao ministro da Educação. Todas as ajudas são bem vindas mas a grande força que está a ser dada a esta luta é isto que está aqui [as manifestações], são os mais de 95% de adesão de professores à greve aqui no distrito de Faro, e é isto que está a acontecer por todo o país", destacou.

Para o sindicalista, “a grande ajuda é esta”, os professores saírem à rua. "Esta é que é a ajuda que é decisiva e que pode de facto mudar alguma coisa”, concluiu.
Ainda assim, ao final da manhã desta quinta-feira, o próprio chefe de Estado apelou a que o diálogo entre Governo e sindicatos se mantenha, esclarecendo que “nesta fase estar o Presidente da República a intrometer-se nesse diálogo, que é normal, seria um erro, seria um ruído desnecessário, contraproducente”.
Precisamente por isso, explicou que não será ele, Marcelo Rebelo de Sousa, a receber mais logo a Fenprof e FNE mas sim consultores da Casa Civil. “Entendo que nesta fase devem ser os consultores a ouvir os pontos de vista reivindicativos dos professores (...) para assim poder ter uma ideia geral”, justificou o chefe de Estado.