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Desaparecimento de jovem: o interior do quarto onde Luana viveu nos últimos oito meses

A SIC falou com a mãe do detido. A mulher admite que sabia que Luana era menor de idade e conta que a jovem não queria falar com a mãe.

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A jovem Luana estava desaparecida há oito meses, até ter sido encontrada, esta terça-feira, pela Polícia Judiciária (PJ) em casa de um homem de 48 anos, em Évora. A SIC falou esta quarta-feira com a mãe do detido, que abriu as portas da casa e mostrou as condições em que a jovem viveu.

A mãe do detido conta que Luana não queria sair de casa para não ser vista e que não queria contactar a família. Disse ainda que só soube que a jovem era procurada pelos pais através do programa da SIC, Linha Aberta.

Segundo o relato desta mulher, Luana contava que não tinha uma boa relação com a mãe e, por isso, não queria que esta soubesse onde ela estava. Avança ainda que, ao longo de vários meses, Luana e o homem tinham mantido contacto até combinarem que ele a iria buscar a Leiria para viverem juntos, pois estariam muito apaixonados.

Ao contrário do que tem vindo a ser divulgado, o quarto onde supostamente Luana viveu os últimos oito meses tem uma janela. Existe ainda no espaço uma porta de acesso ao sótão, onde a jovem se escondia quando a filha do homem vinha visitá-lo.

A mãe do detido conta que a jovem passava os dias a jogar no quarto do homem, onde existe uma grande televisão, e que só saia para comer e ir à casa de banho. Recusa que o filho dormisse com a jovem.

A mulher relata ainda que sabia que a jovem era menor de idade e que, por várias vezes, alertou o filho para a situação. Chegou a perguntar-lhe o porquê de uma relação amorosa com uma menor, mas a resposta que sempre recebeu é que ele estava muito apaixonado e que ela estava ali de livre e espontânea vontade. A situação foi inclusive motivo de várias discussões entre mãe e filho.

O homem está detido e foi presente a tribunal esta quarta-feira. No entanto, não chegou a ser interrogado por causa da greve dos funcionários judiciais. O Ministério Público levou cinco meses a conseguir autorização do tribunal para ter acesso à localização do telemóvel da jovem desaparecida.