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Tolerância zero: enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário do Algarve em greve

Os enfermeiros dizem-se injustiçados por terem perdido pontos de progressão na carreira por causa dos anos em que estiveram com contratos precários.

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Os enfermeiros do Centro Hospitalar Universitário do Algarve estiveram em greve, esta quarta-feira. Segundo o sindicato, a greve teve uma adesão de 80% e serviços como o do bloco operatório tiveram adesão total. Os enfermeiros dizem-se injustiçados por terem perdido pontos de progressão na carreira por causa dos anos em que estiveram com contratos precários.

A situação arrasta-se desde 2018. Estiveram na linha da frente, durante a pandemia, e dizem que agora a tolerância é zero depois de a última reunião com o Conselho de Administração ter dado em nada.

Quem esteve com contratos precários quer ver o tempo reconhecido na progressão de carreira.

Por causa dos contratos precários, há casos de quem tenha perdido 8 pontos na carreira, e com direito a perdas salariais.

Segundo o Sindicato dos Enfermeiros, 80% dos profissionais aderiram à greve em Portimão e serviços como o do bloco operatório tiveram adesão de 100%.

Na lista de exigências está também o pagamento dos retroativos desde 2018

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses alerta para a carência de cerca de 300 enfermeiros no Centro Hospitalar Universitário do Algarve e avisa que o número poderá crescer, com muitos profissionais a ponderar abandonar o Algarve.

A SIC tentou contactar o Centro Hospitalar Universitário do Algarve, mas até agora não obteve resposta.