Nuno Melo desafia o líder do PSD a escolher entre o CDS e Chega num futuro governo e procura demarcar-se do Chega na tentativa de afirmação do partido que perdeu representação parlamentar.
“O CDS é muito mais do que protesto, do que conversa de café, conversa fácil sem uma ideia para Portugal, para isso está lá o Chega.”, explicou Nuno Melo.
Estas declarações do presidente do partido democrata-cristão vêm após as afirmações de André Ventura, líder do Chega, que expressou querer ser alternativa de Governo com o PSD, salientando que têm convergindo em muitos pontos, nos últimos tempos.
No entanto, Nuno Melo desenha, também, uma linha vermelha que separa a identidade do CDS com as políticas praticadas pelo Chega.
Mais. Desafia o Partido Social Democrata a decidir e assumir com quem se vê a governar, dado que sozinho não tem maioria.
"Tem de ser assumido, sem nenhuma timidez, que o que separa o CDS do Chega é a democracia (...) é a liberdade. Caberá ao PSD com quem é que acha, não tendo maioria, não se perspetiva, que quererá para formar Governo em Portugal, se e o CDS, se e outra realidade qualquer", conclui Nuno Melo.
No mês de janeiro, em entrevista à SIC Notícias, o líder do PSD, Luís Montenegro não chegou a esclarecer o relacionamento que pretende que o seu partido tenha com o Chega, rejeitando veementemente qualquer preocupação relacionada com o Chega.
Da mesma forma, negou que o PSD saia fragilizado com o crescimento do partido de extrema-direita.