Estudantes e famílias acamparam, esta quinta-feira, junto ao Banco de Portugal, em Braga, para pedir ao Governo acesso à habitação. O acampamento contou com tendas de várias dimensões, como forma de simbolizar os vários tipos de residências.
Os preços das casas têm vindo a aumentar, principalmente desde que os juros dos empréstimos à habitação começaram também a subir. Nos arredores da cidade do Porto, há famílias que não conseguem arrendar uma casa. Um T1, por exemplo, chega a custar mais de 600 euros.
A situação afeta todas as gerações: alguns idosos já receberam cartas de despejo e os jovens dizem que começa a ser difícil viver num país assim.
Uma estudante da Universidade do Minho diz que, nos últimos anos, “viu-se um aumento a pique no preço dos quartos”.
“Eu quando entrei conseguia facilmente encontrar um quarto a cerca de 175 euros, neste momento isso é algo impensável”, diz em declarações à SIC Notícias.
Por essa razão, a estudante está a ir e vir todos os dias do Porto para Braga para poder ir às aulas. Muitos estudantes têm de continuar a viver noutras cidades e a deslocar-se diariamente para as aulas.
“Existem quartos a 300 e 400 euros, algo que é muito difícil para as famílias do nosso país, para os estudantes, tendo em conta o salário mínimo, a inflação e a especulação.”