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Lar da Lourinhã: "Muitas vezes não tínhamos água quente, mas nunca ninguém foi maltratado"

O relato de uma funcionária do lar da Lourinhã, que a Segurança Social ordenou o encerramento após denúncias de maus-tratos aos utentes.

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Uma funcionária do lar Delicado Raminho, na Lourinhã, admite que, por vezes, a instituição fica sem acesso a água quente.

No entanto, garante que os idosos nunca passaram fome e não foram registadas situações de falta de higiene.

"Nunca ninguém foi maltratado neste lar, garantidamente. Dou a minha vida por isso (...) É realmente lamentável o que estão a fazer com este lar porque não merecíamos isso."

À SIC, a funcionária adianta que ainda não foi informada sobre o que vai acontecer, após a Segurança Social ter ordenado o encerramento do lar.

"Nos lares aqui mais perto, de certeza que não nos vão dar trabalho porque pensam que fomos nós que os maltratámos."

Lar sob investigação após denúncias de maus-tratos aos utentes

A Segurança Social tem levado a cabo uma inspeção minuciosa no lar de idosos da Lourinhã, que foi alvo de denúncias por parte de funcionários da instituição. Esta quarta-feira, a Segurança Social já notificou o lar de idosos acerca do encerramento. As famílias também foram informadas de modo a que possam proceder ao realojamento dos utentes.

O lar “Delicado Raminho”, na Lourinhã, tem estado sob investigação, depois de vários relatos de maus-tratos a idosos terem sido divulgados pela SIC nos últimos dias.

Em comunicado, o Instituto da Segurança Social esclareceu que concluiu o processo de fiscalização ao Lar Delicado Raminho, no concelho da Lourinhã, tendo confirmado várias das situações denunciadas”.

Pode ainda ler-se que foi decretado “o encerramento do lar” e que o “processo de transferência dos utentes em colaboração com os seus familiares” já foi iniciado.

Os relatos chocantes

No passado dia 5 de março, a SIC deu conta, através de uma reportagem, das condições desumanas a que vários utentes do “Delicado Raminho” estavam sujeitos.

As imagens chocantes que chegaram à SIC davam conta da falta de higiene e da má nutrição que era praticada diariamente na instituição.