A Caixa Geral de Depósitos (CGD) negou esta sexta-feira ter existido qualquer perdão de dívida ao deputado socialista Carlos Pereira. Em comunicado, o banco público revelou que “foi totalmente ressarcido do capital que emprestou”.
“A CGD, ao abrigo do sigilo bancário, não pode comentar os detalhes das relações com os seus clientes. Nesta situação em concreto, a CGD teve autorização do seu cliente para a divulgação dos seguintes detalhes: A CGD confirma que não houve perdão de divida pois o acordo foi efetuado pelo valor que, à data, considerou legalmente devido. No acordo, a CGD foi totalmente ressarcida do capital que emprestou acrescido dos juros à taxa supletiva legal”, lê-se na nota.
O banco adianta ainda “que o crédito resulta do incumprimento de empresa que veio a ser declarada insolvente”. O processo relativo a essa mesma empresa foi encerrado “por insuficiência de bens, sem qualquer pagamento aos credores”.
Deixa comissão de inquérito à TAP para garantir “tranquilidade”
Carlos Pereira, coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, esclareceu esta sexta-feira que abandona o órgão parlamentar para poder dar-lhe a “tranquilidade necessária”, colocando um ponto final no que considerou ser um “clima de suspeição”.
A decisão surge depois de ter sido noticiado pelo Correio da Manhã que Carlos Pereira terá obtido um perdão de dívida por parte da CGD, no valor de 66 mil euros, para uma empresa na qual o deputado do PS era avalista. Carlos Pereira foi relator de uma comissão de inquérito ao banco público.
Também o deputado já veio garantir que “é falso” que tenha havido um perdão da dívida por parte da CGD.