País

“SIS não tem qualquer função policial e não faz investigação criminal”

Jorge Bacelar Gouveia defende que devem ser apuradas possíveis consequências para o caso da “ordem ilegal” que foi cumprida ao recuperar o computador do ex-adjunto de Galamba.

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Jorge Bacelar Gouveia garante que o Serviço de Informações de Segurança não faz investigação criminal, nem prevenção criminal.

"Não cabe na cabeça de ninguém que o SIS, que não tem quaisquer funções policiais, agora intervenha para recuperar um computador supostamente furtado ou roubado de um gabinete ministral.”

À SIC, o constitucionalista esclarece que essa é uma competência exclusiva da Polícia Judiciária e que a função do SIS é “produção de informações de Estado”: “Que é uma coisa muito diferente”.

O constitucionalista considera que o Ministério Público deve abrir um inquérito para apurar possíveis consequências.

"Depois há a questão política de saber quem é que, realmente, decidiu, quem é que cumpriu a ordem, do próprio funcionário que não tinha de cumprir a ordem porque era uma ordem ilegal."

Em causa está a recuperação do portátil atribuído a Frederico Pinheiro - adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba -, que foi demitido na sequência da polémica sobre a entrega de documentos à comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro garantiu que não foi informado do envolvimento do SIS na recuperação do computador e que ninguém do Governo deu ordens aos serviços de informação para fazerem o que quer que fosse.