País

Nuno Melo acusa Governo de não "servir o país" e pede dissolução do Parlamento

O líder do partido democrata-cristão volta a frisar o seu desejo da demissão do Governo que está em "controlo de danos permanente", para que o povo possa decidir nas urnas a próxima constituição da Assembleia da República.

Loading...

O líder do CDS defendeu esta quinta-feira que o Presidente da República deve dissolver o parlamento. Nuno Melo considera que o Governo está em "controle de danos" e não discute os problemas dos portugueses.

“Neste momento, a atuação do Presidente da República significa a defesa da democracia e eu espero que a decisão, que já devia ter sido tomada em dezembro, possa acontecer mais cedo do que tarde, e ela passa pela demissão do governo, dissolução do Parlamento, pela devolução ao povo da escolha nas urnas”, explicitou o presidente do partido democrata-cristão.

O partido, sem assento parlamentar, tem sido bastante coerente nesta posição, sendo o primeiro e dos únicos que explicitamente pede para que Marcelo Rebelo de Sousa destitua a Assembleia da República, dado que também é do seu interesse recuperar os deputados que perderam nas últimas legislativas, pela primeira vez desde 1974.

Da mesma forma, Nuno Melo reforça as justificações para esta dissolução, que muitos já disseram ser irresponsável pela instabilidade em que deixaria um país já com problemas económicos e com fundos europeus para aplicar, segundo o Presidente da República.

“Não temos um Governo ao serviço do país, temos um Governo em modo controlo de danos, a justificar em cada dia os seus problemas, em vez de discutir com outros partidos e os portugueses aquilo que são as prioridades de qualquer governação”, conclui.

O Presidente da República já afirmou que não é sensato para a oposição e comentadores de direita exigirem uma dissolução da Assembleia da República, tendo em conta o clima de crise económica. Aconselha a oposição a ser alternativa futura e ao Governo a liderar sem “episódios que o desgastem”.