País

Professores cumprem greve em dia de prova de aferição do primeiro ciclo

Os alunos do segundo ano de escolaridade realizam esta quinta-feira a prova de aferição de Português e Estudo do Meio. Os professores vão cumprir um período de greve durante a manhã.

Professores cumprem greve em dia de prova de aferição do primeiro ciclo
LUÍS FORRA/lusa

Os professores voltam a cumprir um período de greve, na manhã desta quinta-feira. A paralisação coincide com a realização das provas de aferição de Português e Estudo do Meio do primeiro ciclo.

A prova em causa vai decorrer, exclusivamente, online. Uma decisão contestada pelos professores e encarregados de educação, que acreditam que as crianças ainda não têm a autonomia necessária para esse mesmo formato.

Na próxima semana, as crianças do 2.º ano voltam a ser avaliados, desta vez a Matemática e Estudo do Meio. Para esse dia estão também previstas greves dos professores.

Ano letivo de greves: professores e alunos garantem que aprendizagens foram asseguradas

Na reta final deste ano letivo, marcado pelo braço de ferro entre professores e Governo, os pais estão preocupados com o impacto das greves no ensino dos filhos. Alunos e professores dizem que foi complicado, mas asseguram que a aprendizagem não foi prejudicada.

Não têm memória de um ano assim tão desgastante, mas apesar de tudo dizem que foi possível conciliar a luta dos professores com a matéria dada na sala de aula.

Os exames estão aí à porta e os serviços mínimos decretados para os dias de protesto dos professores aliviam alguma pressão na reta final do ano.

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Marcelo admite vetar diploma sobre carreiras dos professores

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta quarta-feira em Londres vetar o diploma que visa corrigir as assimetrias decorrentes do congelamento da carreira dos professores caso não apresente uma solução equilibrada.

"Para mim é muito importante, porque se for uma solução equilibrada, eu não tenho dificuldade em promulgá-la. Se é uma solução que não é equilibrada, eu tenho de devolver o diploma ao governo", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas à chegada ao hotel em Londres. O chefe de Estado acrescentou que "preferia que isso não acontecesse".

O Presidente referia-se ao diploma do Governo destinado a corrigir assimetrias decorrentes do congelamento da carreira dos professores. O texto prevê um conjunto de medidas que permitem acelerar a progressão dos docentes que trabalharam durante os dois períodos de congelamento, entre 2005 e 2017.

Marcelo disse estar a aguardar que chegue a Belém o diploma sobre essa matéria e que depois pretende ouvir os sindicatos dos professores antes de tomar uma decisão.